Marco Legal da Geração Distribuída: o que muda para Você e seu Investimento?

Uma balança dourada clássica no centro, simbolizando a justiça, é cercada por painéis solares e turbinas eólicas em um cenário ao ar livre, representando o equilíbrio entre tecnologia e legislação na geração distribuída de energia renovável.

O setor de energia solar fotovoltaica cresceu muito no país. Isso inclui avanços em leis específicas. A principal é o Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300). Essa lei é determinante para aumentar a energia solar no Brasil, garantindo segurança jurídica.

Essa lei regula a microgeração e minigeração de energia no Brasil. Ela define regras para o sistema de liquidação de energia elétrica. Isso traz grandes mudanças para o regulamento de energia solar no país.

Com o marco legal da geração distribuída mudando, é importante ficar atento. As novas regras e condições podem afetar sua instalação de energia solar.

Sou Miguel Lino, fundador da Solar dos Pomares e especialista em Sistemas Ambientais, com formação na IBRAP. Siga-me nas redes sociais e participe da nossa comunidade no YouTube ou para aprender mais sobre como o Marco Legal fotovoltaico em nosso Blog que pode transformar sua abordagem e seus resultados.

Neste artigo, vamos ver as principais mudanças da Lei 14.300/2022. Ela é conhecida como o novo Marco Legal da Geração Distribuída.

Vamos entender como essas mudanças podem impactar seu projeto de energia solar. Também veremos os impactos da geração distribuída no setor elétrico brasileiro.

O Marco Legal da geração distribuída foi estabelecido pela Lei 14.300/2022. Essa lei é uma continuação das REN 482 desde 2012. Ela regula a geração de energia, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS).

Lei 14.300/2022: Continuidade das Legislações Vigentes

A Lei 14.300/2022 manteve os principais pontos do marco legal da geração distribuída. Ela inclui o sistema de compensação de créditos de energia e as modalidades de microgeração e minigeração.

Modalidades de Geração e Sistema de Compensação de Energia Elétrica

De acordo com a Lei 14.300/2022, os microgeradores geram até 75 kW de energia renovável. Já os minigeradores geram mais de 75 kW até 10 MW. O Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) permite que esses geradores compensarem seu consumo com a energia que produzem.

Mas, para fontes como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), o limite continua em 5 MW. Isso porque elas são consideradas despacháveis.

Antes, a minigeração distribuída era de 75 kW a 5 MW. Depois de 6 de janeiro de 2023, o limite mudou para até 3 MW. Isso vale mesmo se o projeto tiver um sistema de armazenamento de energia.

Essa mudança foi feita para ajustar a geração de energia às necessidades do sistema elétrico. Ela ajuda a integrar melhor a geração distribuída com a rede elétrica. Isso segue o marco regulatório de energia e as diretrizes para geração distribuída da lei.

Os novos limites de potência para micro e minigeração trazem desafios e oportunidades. Eles exigem uma adaptação das regras de microgeração. Também requerem uma compreensão mais profunda do marco regulatório de energia atual.

geração distribuída

Desde a Lei 14.300 em 7 de janeiro de 2022, mais de 780 mil conexões de micro e minigeração distribuída foram feitas. Isso totaliza mais de 7,6 GW de potência instalada. Cerca de 47% das conexões e 44% da potência instalada foram feitos após a lei.

Haverá Taxação do Sol? Mudanças com a Lei 14.300

A Lei 14.300, ou nova lei da geração distribuída, trouxe grandes mudanças para o marco regulatório da energia solar no Brasil. Sendo o termo taxação usado de forma pejorativa para exprimir o contexto negativo que foi instaurado pela criação da lei.

Porém e uma falácia, se entendermos que deixará de ganhar o quesito do crédito energético.

Uma das principais mudanças é o fim da paridade tarifária, ou seja a proporção dos créditos injetados na rede não são mais de 1 para 1. Agora, há novas regras de compensação para os sistemas de microgeração e minigeração distribuída pode representar uma valoração até 28% menor do crédito compensado após 2029.

Fim da Paridade Tarifária e Novas Regras de Compensação

Antes, os consumidores de geração distribuída só pagavam uma taxa fixa. Com a Lei 14.300, essa isenção vai diminuindo aos poucos. Veja como vai ser:

  • A partir de 2023, uma taxa de 15% será cobrada sobre o custo de distribuição.
  • Essa taxa aumentará para 30% em 2024 e 45% em 2025, chegando a 100% em 2029.
AnoTUSD Fio B a ser pagaEquivalente na conta de luz
20220%0%
202315%4,1%
202430%8,1%
202545%12,2%
202660%16,2%
202775%20,3%
202890%24,3%
2029 em diante100%27%
Regra de transição: Cobrança escalonável do Fio B

Além disso, a nova lei diz que unidades de minigeração distribuída maiores que 500 kW pagarão 100% do custo de distribuição até 2028.

Essas mudanças buscam adaptar o marco legal da microgeração e minigeração distribuída às novas necessidades do setor elétrico.

Energia Solar

Outra mudança importante é a redução do prazo para distribuir créditos pelas distribuidoras, de 60 para 30 dias. Isso ajuda a equilibrar o fluxo de caixa das empresas, tornando a lei da geração distribuída mais justa e sustentável.

A Lei 14.300/2022 mudou as regras para a geração distribuída. Ela trouxe novos custos e benefícios para a produção de energia renovável. É fundamental entender esses impactos para avaliar os prós e contras do sistema de compensação de energia elétrica.

Uma grande mudança é a cobrança pelo uso da rede, chamada “Fio B”. Antes, havia uma taxa mínima. Agora, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definirá esse valor em revisões tarifárias.

Com a nova lei, não haverá cobrança dupla. Os custos de manutenção serão divididos de forma justa entre todos os usuários. Isso inclui geradores próprios e não próprios.

Apesar das mudanças, investir em geração distribuída ainda é vantajoso. Isso vale especialmente nos primeiros anos da tarifa progressiva da lei.

IndicadorValor
Capacidade Instalada de Geração Distribuída8.550 MW
Crescimento da Geração Distribuída nos últimos 2 anos316%
Participação da Geração Distribuída na Capacidade Total do País5%
Subsídios Evitados com as Novas RegrasR$ 55 bilhões em 15 anos
Indicadores que o Marco Legal impulsiona o setor

Esses dados mostram que, mesmo com as alterações nas regras geração distribuída, o sistema de compensação de energia é uma boa opção. Ele é viável e atrativo para quem busca sustentabilidade energética.

geração distribuída

Vale a Pena Instalar Energia Solar Após o Fim do Prazo?

Sim, instalar energia solar fotovoltaica ainda é uma boa ideia, mesmo com as mudanças na lei. Desde o primeiro mês, você economiza média de até 80% na conta de energia, esta porcentagem estimada de benéficos econômicos por meio de uma fatura de luz. Os equipamentos duram muito tempo e o setor de benefícios da geração distribuída está crescendo.

Retorno do Investimento e Economia na Conta de Luz

A ‘taxação do sol’ mudou a lei, mas a economia com energia solar continua em média maior 70%. O prazo para recuperar o investimento varia de dois a quatro anos, dependendo do projeto ou seja uma média de 20 anos de lucro líquido.

Benefícios Ambientais e Perspectivas Favoráveis

A energia solar traz benefícios financeiros e ambientais por trocar a matriz energética poluente como por combustíveis fósseis. Ela ajuda a reduzir a poluição e as emissões de gases. Com a potência instalada crescendo e os custos de disponibilidade caindo, o futuro do setor é promissor.

Regras do Direito Adquirido

A Lei 14.300 de 2022 trouxe novas regras para a geração distribuída no Brasil. Ela estabelece direitos e prazos para quem já usa essa energia renovável. O objetivo é assegurar que os benefícios continuem para quem já instalou até 2045.

Programa de Energia Renovável Social (PERS)

A legislação solar fotovoltaica no Brasil mudou e trouxe uma novidade: o Programa de Energia Renovável Social (PERS). Esse programa ajuda a instalar geração fotovoltaica e outras renováveis em casas de baixa renda. O objetivo é melhorar o acesso à energia solar e promover uma política energética descentralizada.

O PERS usa dinheiro do Programa de Eficiência Energética (PEE). Esse dinheiro vem das concessionárias de energia elétrica. Assim, mais pessoas podem ter energia solar fotovoltaica, especialmente quem é do Cadastro Único ou é agricultor familiar.

As casas com Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE têm prioridade no PERS. Isso ajuda os de baixa renda a usar sistemas fotovoltaicos e fontes renováveis. Isso faz a política energética ser mais descentralizada.

Uma boa notícia é que essas casas não pagarão todo o custo da rede de distribuição até 2045. Isso incentiva a geração fotovoltaica e aumenta o acesso à energia solar para quem mais precisa.

Impactos da Nova Legislação no Setor Elétrico

A Lei 14.300/2022 trouxe grandes mudanças para o setor elétrico do Brasil. Agora, as distribuidoras podem ver a energia dos micro e minigeradores como sobrecontratação involuntária. Isso pode ajudar a facilitar mudanças nas tarifas.

As tarifas tarifárias agora vão ser calculadas apenas pelo consumo real. Não mais pela energia excedente usada para compensação. Isso traz mais previsibilidade e estabilidade para quem usa geração distribuída.

As regras para energia distribuída, a política de energia renovável e o regulamento de geração descentralizada são essenciais. Elas vão guiar o setor elétrico nos próximos anos. A expectativa é que o setor mude para um modelo de custeio baseado na energia injetada na rede. Isso vai fortalecer a geração distribuída e o desenvolvimento sustentável.

Conclusão

As mudanças trazidas pelo Marco Legal da Geração Distribuída refletem o dinamismo do setor energético no Brasil, ajustando-se às novas demandas e garantindo que a geração de energia solar continue a ser uma escolha estratégica para quem busca eficiência e economia. Adaptar-se a essas novas regras é fundamental para maximizar os benefícios do seu sistema de energia solar e assegurar um retorno satisfatório sobre o investimento.

Para encontrar as melhores soluções que atendem às suas necessidades energéticas dentro desse novo contexto, convidamos você a visitar a loja virtual da Solar dos Pomares e descobrir como podemos ajudar a impulsionar seu projeto de energia solar.

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