Como Dimensionar Energia Solar para o Grupo A? Guia Completo!
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O dimensionamento de Energia Solar para o Grupo A pode parecer um desafio devido às múltiplas variáveis envolvidas.
Clique na imagem acima para assistir ao vídeo.
A necessidade de considerar fatores como demanda contratada, consumo em horários de ponta e fora de ponta, fator de ajuste e a própria capacidade de geração fotovoltaica torna essa análise complexa, mas essencial para um projeto eficiente e economicamente viável.
Se você já teve dificuldades em entender como calcular corretamente um sistema solar para consumidores do Grupo A, este artigo é para você!
Aqui, explicaremos passo a passo como realizar um dimensionamento correto, garantindo máximo aproveitamento da energia gerada e economia na conta de luz.
Sou Miguel Lino, especialista em sistemas fotovoltaicos e profissional do setor de energia solar. Desde 2019, compartilho meu conhecimento através do YouTube e aqui no Blog, ajudando integradores e consumidores a dimensionar seus sistemas solares com precisão.
Vamos juntos entender como dimensionar um sistema fotovoltaico para o Grupo A!
Dimensionamento de Energia Solar para o Grupo A
O dimensionamento correto de um sistema solar no Grupo A exige uma abordagem diferente do que no Grupo B, pois há fatores tarifários específicos e exigências contratuais que precisam ser consideradas.
A principal diferença entre esses grupos é a forma como a energia é cobrada e a necessidade de gerenciar a demanda contratada.
Enquanto consumidores do Grupo B são tarifados com base apenas no consumo de energia (kWh), os consumidores do Grupo A precisam lidar com a demanda de potência (kW), que impacta diretamente no custo da energia.
📌 Fatores que influenciam o dimensionamento para o Grupo A:
✔ Demanda contratada e demanda de ultrapassagem
✔ Modalidade tarifária (Verde ou Azul)
✔ Fator de ajuste para compensação energética
✔ Eficiência do sistema fotovoltaico e perdas técnicas
✔ Irradiação solar do local de instalação
Agora que entendemos os aspectos gerais do Grupo A, vamos analisar cada um desses fatores detalhadamente.
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O Que é o Grupo A na Energia Solar?
Antes de mergulharmos nos cálculos, é essencial compreender quem pertence ao Grupo A.
Os consumidores do Grupo A são aqueles atendidos por redes de média ou alta tensão, ou seja, operam com tensão igual ou superior a 2,3 kV. Esse grupo inclui:
✔ Grandes indústrias
✔ Shoppings e redes de varejo de grande porte
✔ Supermercados e atacadistas
✔ Academias e centros comerciais
Além disso, os sistemas solares fotovoltaicos para esse segmento geralmente possuem uma potência superior a 75 kW, exigindo um dimensionamento preciso para garantir que a compensação de energia seja feita corretamente e dentro das regras das distribuidoras.
Agora que estamos alinhados sobre quem faz parte do Grupo A, vamos ao cálculo do dimensionamento correto do sistema solar.
Checklist Inicial: Informações Essenciais da Conta de Energia
O primeiro passo para um dimensionamento preciso é obter as informações necessárias na fatura de energia elétrica. Através dela, encontramos os seguintes dados fundamentais:
📌 Modalidade tarifária (Verde ou Azul)
📌 Tarifa TE (Energia) e Tarifa TUSD (Uso do Sistema de Distribuição)
📌 Demanda contratada e demanda de ultrapassagem
📌 Consumo médio em horário de ponta e fora de ponta
Essas informações servirão de base para os cálculos seguintes. Pegue sua conta de luz e vamos ao próximo passo!
Entendendo a Modalidade Tarifária
O Grupo A pode ser tarifado de duas formas:
1. Tarifa Verde
➡️ Há apenas uma demanda contratada fixa.
➡️ A energia consumida pode ter variações de preço entre horário de ponta e fora de ponta.
2. Tarifa Azul
➡️ Há duas demandas contratadas, sendo uma para o horário de ponta e outra para o fora de ponta.
➡️ A cobrança da energia também varia, e a gestão da demanda deve ser mais detalhada.
👀 Na prática: Se o seu contrato for Verde, será necessário acompanhar apenas uma demanda contratada. Já no caso da modalidade Azul, você deve monitorar duas demandas separadas.
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Calculando a Demanda Contratada e a Demanda de Ultrapassagem
Agora que identificamos a modalidade tarifária, vamos analisar a demanda contratada e como ela impacta o sistema solar.
A demanda contratada é a potência que a concessionária disponibiliza para o consumidor.
Se a demanda contratada for excedida, o consumidor pagará um valor adicional, chamado de demanda de ultrapassagem.
➡️ Exemplo prático:
Se um cliente possui 40 kW contratados, mas consome 63 kW, ele ultrapassou 23 kW. Esse excesso é cobrado a uma taxa mais alta do que a demanda normal.
📌 Dica importante: Se houver recorrência de demanda de ultrapassagem, pode ser mais vantajoso ajustar o contrato para evitar custos desnecessários.
📌 Imagine que você está em um restaurante self-service onde pode pagar um valor fixo para comer até 40 pratos por mês. Esse é o valor da sua demanda contratada.
Agora, suponha que em um determinado mês, sua fome foi maior e você serviu 63 pratos. Como ultrapassou o limite contratado, o restaurante cobra um valor muito maior por esses 23 pratos adicionais.
Essa cobrança extra é o equivalente à demanda de ultrapassagem em energia elétrica. Quanto mais vezes você ultrapassa, mais caro fica o custo extra na sua fatura.
Assim como no restaurante, a demanda contratada é o limite de potência (kW) que o consumidor pode utilizar sem pagar tarifas extras.
Caso ultrapasse esse valor, a concessionária cobra uma tarifa mais alta pela diferença, chamada de demanda de ultrapassagem.
Agora, um detalhe fundamental no dimensionamento fotovoltaico é que a potência do sistema solar não pode ser maior que a demanda contratada sem ajustes no contrato com a concessionária.
Limitação da Geração Solar pela Demanda Contratada
No Grupo A, a capacidade de geração fotovoltaica pode ser limitada pelo teto da demanda contratada.
Isso significa que, se o inversor solar for dimensionado com potência superior à demanda contratada, o sistema pode gerar energia acima do limite estabelecido, o que pode resultar em restrições operacionais ou na necessidade de ajustes contratuais com a distribuidora.
Em alguns casos, para permitir a instalação de um sistema solar maior, é possível:
✔ Solicitar uma demanda de geração à concessionária, que permite injetar mais energia na rede sem alterar a demanda de carga.
✔ Ajustar o contrato de demanda, aumentando a demanda contratada para permitir um inversor de maior capacidade.
Essa limitação reforça a importância de um dimensionamento correto, garantindo que a potência do sistema fotovoltaico esteja alinhada à demanda contratada ou que sejam feitas adequações necessárias no contrato com a distribuidora.
O Que é o Fator de Ajuste no Grupo A?
O fator de ajuste é um dos principais conceitos ao dimensionar um sistema solar fotovoltaico para o Grupo A. Ele corrige a diferença de valores entre a energia gerada durante o dia (fora de ponta) e o valor da energia consumida em horário de ponta.
🔹 Por que isso acontece?
O custo da energia fora de ponta é mais barato, enquanto a energia consumida no horário de ponta custa mais caro.
Portanto, para compensar 1 kWh consumido na ponta, será necessário gerar mais energia no fora de ponta.
📌 Cálculo do Fator de Ajuste
O fator de ajuste é calculado dividindo-se a tarifa fora de ponta pela tarifa na ponta.
✏️ Exemplo:
- Tarifa Fora de Ponta: R$ 0,27/kWh
- Tarifa na Ponta: R$ 0,43/kWh
Fator de Ajuste = 0,27 ÷ 0,43 = 0,63
Isso significa que para cada 1 kWh consumido na ponta, precisaremos gerar 1,59 kWh fora de ponta para compensação.
📌 Suponha que você está viajando para um país onde a moeda local tem um valor de troca diferente do real. Se a cotação for 0,63, isso significa que para cada R$1,00, você recebe 0,63 unidades da moeda estrangeira.
O mesmo acontece com a energia solar no Grupo A: a energia gerada fora de ponta tem um “valor de troca” menor quando compensada no horário de ponta, pois a tarifa no horário de maior consumo é mais cara.
Como a energia gerada durante o dia (fora de ponta) tem um custo menor, precisamos gerar mais energia solar para compensar a energia consumida no período de ponta.
O fator de ajuste nos diz exatamente quantos kWh fora de ponta precisamos gerar para compensar 1 kWh na ponta.
Cálculo da Geração Mensal Necessária
Para determinar a geração de energia solar necessária, utilizamos o fator tarifário sobre o consumo na ponta para obter o consumo médio ponta corrigido. A fórmula é:
📌 Fórmula:
Geração Mensal Necessária = Consumo Fora de Ponta + (Consumo Ponta × Fator de Correção)
✏️ Exemplo: Se o consumo fora de ponta é 10.000 kWh e o consumo na ponta é 2.000 kWh, com um fator de correção de 1,59:
Geração Mensal Necessária = 10.000 + (2.041 × 1,59) = 13.245 kWh/mês
Isso significa que para atender ao consumo total e compensar o consumo na ponta, o sistema deve gerar 13.245 kWh/mês.
Como Calcular Energia Solar para grupo A?
Agora que temos todas as variáveis, podemos calcular a potência necessária do sistema.
A fórmula utilizada é:
📌 Potência Fotovoltaica = Consumo Médio Mensal ÷ (Irradiação × Eficiência × Dias do Mês)
Onde:
✔ Consumo médio mensal = Soma do consumo fora de ponta + consumo ajustado da ponta
✔ Irradiação média = Valor consultado no banco de dados do CRESESB
✔ Eficiência = Consideração de perdas (média de 75%)
✔ Dias do mês = Normalmente 30
📌 Exemplo:
Se o consumo ajustado total for 13.245 kWh, a irradiação for 4,43 kWh/m²/dia e a eficiência do sistema for de 75%, a potência necessária será:
✏️ 13.245 ÷ (0,75 × 4,43 × 30) = 132,9 kWp
Vale a Pena Investir em Energia Solar no Grupo A?
A instalação de energia solar no Grupo A pode ser altamente lucrativa, reduzindo custos e otimizando o consumo energético da empresa. No entanto, para garantir um projeto eficiente, é essencial:
✅ Analisar corretamente a demanda contratada e consumo
✅ Calcular o fator de ajuste para compensação na ponta
✅ Definir corretamente a potência do sistema fotovoltaico
Se a sua empresa deseja reduzir significativamente os custos com energia elétrica, é fundamental contar com especialistas no dimensionamento correto do seu sistema fotovoltaico.
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